Encontro "bom e produtivo". Macron medeia conversações entre Trump e Zelensky em Paris

por Inês Moreira Santos - RTP
Sarah Meyssonnier - EPA

Após o encontro diplomático entre Emmanuel Macron e Donald Trump, Volodymyr Zelensky também chegou ao Palácio do Eliseu, juntando-se aos dois líderes para uma reunião trilateral. O presidente francês esteve como mediador nas conversações entre o presidente da Ucrânia e o presidente eleito dos Estados Unidos, que tinham como tema dominante a atual situação da guerra provocada pela invasão da Rússia ao país vizinho.

Os presidentes de França e Ucrânia reuniram-se com o presidente eleito dos Estados Unidos no Palácio do Eliseu, antes da cerimónia de reabertura da Catedral de Notre-Dame. Foi a primeira reunião de Trump, desde que foi eleito em novembro passado, com o homólogo ucraniano.

À saída do encontro trilateral, Zelensky afirmou ter tido "uma boa e produtiva reunião trilateral com o presidente Donald Trump e com o presidente Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu”.

“Todos nós queremos que esta guerra acabe o mais rápido possível e de forma justa. Falamos sobre nosso povo, a situação no terreno e uma paz justa”
, disse Zelensky numa publicação na rede social , acrescentando: “Falámos sobre o nosso povo, a situação no terreno e defendendo uma paz justa”.

Ainda segundo Zelensky, os três líderes “concordaram em continuar a trabalhar juntos”.



Também a agência Reuters cita uma fonte próxima de Macron para confirmar que os três líderes tinham tido "uma conversa muito boa".

À chegada, Trump e Zelensky cumprimentaram-se com um longo aperto de mãos, antes de iniciarem as discussões à porta fechada.

Para o chefe de Estado ucraniano, este encontro era crucial, considerando que Trump tem reafirmado que pretende distanciar-se fortemente da política de apoio norte-americana a Kiev, liderada por Joe Biden, perante a invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Muito crítico em relação aos milhares de milhões de dólares de ajuda disponibilizados pelos Estados Unidos para apoiar militarmente a Ucrânia face à invasão russa, Trump prometeu resolver a guerra na Ucrânia “em 24 horas”, sem especificar como.

Kiev, por seu lado, pretende abordar uma possível negociação de paz com a Rússia a partir de uma posição de força e com garantias de segurança suficientes.

Vários países da NATO, liderados pelos Estados Unidos, estão, no entanto, relutantes em convidar a Ucrânia a aderir à Aliança Atlântica, tal como solicitado por Kiev.
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